analy

7 de mai. de 2012

Xingu



Xingu merece todo o fracasso. não há o canto do indígena.
seu mito. nem um só olho singular, vivo,
pleno de espírito de um índio do parque do Xingu!

Filmagem sem encontro. Desconstrução. "quero
agradecer, de todo o coração, aos nossos
queridos patrocinadores..."

Xingu é português, pudico e servo devoto
da companhia de jesus. Anchieta yuppie.

Ser sertanista é tragédia. não é com
luz bonitinha, silhuetas de pedras
ocas que se palpeia o delicado tecido
do elo perdido.

Poxa, irmãos que se detestam.
Tenho fontes confiáveis que
confirmam que Caio Blat
e Felipe Camargo se detestavam no set.
Não é a toa que as poucas cenas boas do filme
são as de briga entre eles.

Questão indígena é urgente. catastrófica.
Cinema para eternizar a agonia guerreira,
vingativa de uma cultura milenar. Aí sim.

Pagaremos o preço.









30 de dez. de 2011

Protocolo Fantasma - MI-4




Série segue seu pastiche. Engraçado os atores dizendo suas falas, por dentro tá todo mundo rindo! Quarto filme tentou ser charmoso, enchugou orçamento, chamou Michelle Obama pra bond girl. Não convenceu.

25 de jul. de 2011

Daquele Instante em Diante



É bom mas poderia é mais fundo. Que drogas ele usava? A filha diz algo como "foi bom com esse documentário redescobrir quem era meu pai. um louco, gênio, junkie?". Faltou contexto da época e sensibilidade para potencializar o rico material de arquivo que os realizadores tinham em mãos.

30 de mai. de 2011

Walter Salles



Walter Salles precisa reinventar-se. Com Linha de Passe ele foi ao limite com sua proposta de combinar cinema novo + wim wenders e uma pitada de antonioni. Não é à toa que On The Road tá difícil de sair. Não sei o que virá desse novo filme mas suspeito que Walter estará se repetindo e idealizando personagens. Ele deveria mergulhar dentro de si como fez seu irmão João em Santiago.






CINEMA

15 de mai. de 2011

glauber



Todo um povo pode ser criador, artista - e este seria o sentido total de uma revolução pela qual minha ação se arrisca até a morte. Mas não faço da minha morte o heroísmo autopunitivo. A revolução, para mim, siginifica a vida e a plenitude da existência é a libertação mental: esta, para os homens mais sensíveis, se expressa pela fantasia. A minha fantasia é o cinema.






1971

14 de mai. de 2011

Ricky




Elegante misturando registros. Ao mesmo tempo realista, fantasioso, mítico. Novamente o mergulho n´água final ("Amantes Criminais" e "5x2").


Uma filha mais madura que os pais é bem engraçado. Seu irmão bebê só poderia querer arriar asas dessa família em formação.

Novas famílias/Novas consiências. Como Almadóvar.

15 de fev. de 2011

CISNE NEGRO


Engraçado e feminino como ANTI CRISTO.

O mesmo palco espetáculo de O LUTADOR. Mickey Rourke e Natalie Portman devem flagelar-se antes de entrar em cena. Público sem rosto e juiz de destinos.

Transcendência pelo Mal.

6 de set. de 2010

O SANGUE - PEDRO COSTA


Nunca quis falar disso abertamente, são resistências que tenho, mas o pesadelo de O sangue tinha a ver com a minha infância. Vê-se que é um filme de um tipo soltário, ensimesmado e que viveu em salas de cinema sozinho. Uma história à Truffault. Um miúdo que se abandonou ou é abandonado pela família e que passa a viver em salas a partir dos oito anos e segue por aí, infância e adolescência afora. E é também um filme feito por uma pessoa que tem medo de perder o cinema, de que a infância e o crescimento das pessoas não tenham filmes, não tenham livros e não tenham cinema e de que sua solidão não seja preenchida por isso. A biografia do realizador é essa. O filme contém uma parte escura, sórdida, aquela dos velhos credores, que eram pessoas com quem eu cruzava ou que eram do meu círculo familiar, que já eram pessoas assustadas. Esse medo hoje está cumprido: já há crianças que não sabem o que é o cinema. Sempre fui muito metafórico, mas sempre disse - principalmente quando me referia à Pide (Polícia Internacional e de Defesa do Estado) -, que havia uma polícia, havia um silêncio quotidiano.... metaforicamente era isso, o evacuar o cinema.

30 de ago. de 2010

Reflexões de um liquidificador


Bem humorado, inteligente e despretensioso (no bom sentido). Uma atriz de primeira também: Ana Lucia Torre.

21 de ago. de 2010

17 de jun. de 2010

escritor fantasma x ilha do medo x depois das horas


Não sei se comparar escritor fantasma e ilha do medo esclareça muita coisa. Sim, "são filmes de gênero" (ou quase). "Dois diretores veteranos filmando super bem". Tudo bem. Mas veja lá.
O Scorsese usa sua habilidade técnica para brincar com o cinema de gênero (há ironia), e faz isso para falar da paranóia, da dor da perda. De sentimentos humanos, enfim. O Polanski não tem nada para dizer. O Scorsese tem.

Do que fala o filme do sapeca polonês? Do ex-James Bond que virou primeiro ministro e cometeu crimes de guerra? Ah! Conta outra. Dá para acreditar nas pistas que Mcgregor encontra? No flerte infilel da mulher do ministro? Naquela empregada chinesa? De uniforme...

Se Polanski leva a sério esse seu último filme... Não sei. Quiçás ele sempre foi ruim mesmo. Com excessão talvez de O Bebê de Rosemary e O Inquilino. Lembrei agora... Detesto O Pianista (sem alma) e aquele Oliver Twist (sem pulso).
ps - vi ontem depois das horas, do scorsese. esse é bom demais! mistura de táxi driver com intriga internacional com... ilha do medo.

pps- assoprando a nuvem de arrogância sobre o texto: "não, não vi Chinatown".

10 de jun. de 2010

escritor fantasma



Dava para ser uma ótima comédia. Mas Polanski não encontrou o tom nesse seu último filme. Seguindo um pouco o que os irmãos Coen tem feito ultimamente, o diretor polonês fez uma comédia que brinca com os clichês do gênero do thriller político.




A escolha do elenco funciona. Polanski recrutou o último James Bond Pierce Brosnan para interpretar o último primeiro ministro inglês que é acusado de crimes de guerra. Brosnan usa e abusa da auto paródia. Dá para se divertir com ele. Assim como com Ewan Mcgregor. Ironizando sua costumeira performance de o sonso da história. (vide "star wars", "o sonho de cassandra" e "O golpista do ano").




Polanski fez o seu "tudo pode dar certo": "Galera. É isso mesmo. Estamos no beco sem saída. Só nos resta rir da nossa miséria".




Acho que essa onda de "o festival de cannes está pensando sobre o "terrorismo de estado"" é o maior papo furado! Museu de grandes novidades. Papinnho de imprensa.
ps. veja o pôster acima. a cara desses canastrões. (faltou polanski na imagem - famigerado sapeca e fanfarrão).
pps. é hora de rever Budapeste de Walter Carvalho. E Chico.

2 de jun. de 2010

godard, truffaut e a novelle vague

Texto ilustrado. E os franceses falam demais. Demais.

viajo porque preciso volto porque te amo

Artificioso. Filme de "arte". muito nhé nhé nhé. saí na metade...