Pessoalmente não tenho problemas com isso. Basta lembrar de Gene Kelly e Donald O´conor em Cantando na Chuva, ou mesmo Fred Astaire e Cyd Charisse em Roda da Fortuna. Obras memoráveis que mantêm seu frescor até hoje.
Mas vamos a Hairspray. O filme tem o seu charme, mas peca pelo excesso. Muitas canções, coreografias e também muito enchimento para transformar John Travolta em mulher, numa manobra de marketing sem muita sutiliza. São mais de duas horas de filme. O número musical final beira o insuportável.
Há atores talentosos que sempre valem a pena rever, como Christopher Walken e Michelle Pfeiffer (linda!). A atriz-personagem principal também é graciosa. Porém, mesmo com alguns bons momentos, o filme não acontece. Difícil compreender o entusiasmo de alguns textos sobre o filme. Foi-se o tempo áureo dos musicais.
Nos últimos anos tem havido uma tentativa de revitalizar o gênero. Chicago, Os Produtores, ou O Fantasma da Ópera foram até bem nos cinemas. O primeiro ganhou até Oscar. Mas o único musical recente realmente digno de nota é Moulin Rougue de Baz Luhrmann, que eu acho maravilhoso. Um exemplo de ousadia e talento. Mas o resto...