analy

20 de mai. de 2010

o segredo do seus olhos

Acho que o ganhador do Oscar de filme estrangeiro não é uma coisa nem outra: Não é bom filme policial nem é uma boa história de amor. Filme para idosos.

aproximação

O melhor trabalho de Amos Guitai. Apuro no uso de planos sequencia e na direção de atores. Emocionante.

18 de mai. de 2010

carta ao jovem poeta

Prezado Senhor,
Sua carta só me alcançou há poucos dias. Quero lhe agradecer por sua grande amável confiança. Mas é só isso o que posso fazer. Não posso entrar em considerações sobre a forma de seus versos; pois me afasto de qualquer intenção crítica. Não há nada que toques menos uma obra de arte do que as palavras de crítica: elas não passam de mal entendidos mais ou menos afortunados. As coisas em geral não são tão fáceis assim de apreender e dizer como normalmente nos querem levar a acreditar; a maioria dos acontecimentos é indizível, realiza-se em um espaço que nunca uma palavra penetrou, e mais indizíveis do que os acontecimentos são as obras de arte, existências misteriosas, cuja vida perdura ao lado da nossa, que passa.
carta de René Rilke para o jovem Franz Kappus

14 de mai. de 2010

vera miles...


Moro agora numa república, e brinco com amigos que vivo no "Bates Motel", fonte de sobrevivência de Norman e de sua "mãe inválida" no filme Psicose de Hitchcock. Por causa disso, acho eu, assim, não mais que de repente, hoje vi no pensamento a Vera Miles. Vera interpreta a irmã de Marion - Janet Leigh - , que na segunda metade do filme procura pelo paradeiro da irmã desaparecida.


Vera Miles era excelente atriz. E tão bonita. Tão bonita. Ela ainda vive, mas retirou-se do cinema em 1985. Lembrei dela por causa do Psicose, mas lembro bem da atriz em Rastros de Ódio, O Homem que Matou o Facínora, O Homem Errado.... No Facínora, ela é a filha dos donos do restaurante da cidade, a paixão platônica do personagem de John Wayne, mas que acaba se casando com James Stweart. Um final melancólico -trágico?- para o cowboy Wayne.


Pôxa, saudade do filme de Ford - "Print the Legend" - A grandeza dos derrotados. Tom Donovan, o personagem de Wayne, está na minha lista dos honráveis perdedores da história do cinema. Como "Noodles" (Robert de Niro) de Era Uma Vez na América e Michael Corleone da trilogia Chefão. Todos irmãos de Manuel Bandeira. Viventes da vida que poderia ter sido e que não foi.

Acabei me desviando, mas quis escrever esse post porque lembrei como a Vera Miles é linda. Digo "é linda" de propósito, porque o cinema perpetua.

13 de mai. de 2010

poeta do castelo

Filme que sempre me emociona. Bandeira, além de tudo, era um extraordinário ator de si mesmo. O cinema de Joaquim Pedro é cerebral, sofisticado. Mas aqui ele vai além do formalismo, e o que permanece é sua ternura pela vida e obra do poeta. Já li que é um dos documentários preferidos de João Salles: "O motivo é simples: É gostoso ver Manuel Bandeira fazendo torradas".


o link do curta:

serras da desordem

andrea tonacci sobre "serras da desordem":

"Eu posso estar viajando ou ter pirado, mas se realmente existe gente mais iluminada em termos de consciência, o Carapiru é um deles e está no Brasil".

3 de mai. de 2010

tudo pode dar certo

Imprestável. Preguiçoso na forma e preconceituoso no conteúdo. Um niilismo auto destrutivo... não sei.