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4 de jan. de 2008

A Bússola de Ouro


Não será com este horror de filme que a produtora New Line repetirá o sucesso da trilogia O Senhor dos Anéis. Às vezes funciona, mas não será sempre que a fórmula de filme baseado em best-seller + campanha de marketing milionária + efeitos especiais bacanas levará multidões aos cinemas. O diferencial de O Senhor dos Anéis, e que os magnatas de Hollywood talvez não tenham captado a mensagem, é o talento indiscutível de Peter Jackson.

A Bússola de Ouro constrange com personagens rasos, diálogos insossos e trilha sonora de playstation. Nicole Kidman faz uma vilã digna de novela mexicana. Dá até pena. Gosto de Nicole como atriz, mas desde o excepcional As Horas ela só se equivoca nas escolhas profissionais.

O projeto original é realizar uma trilogia baseada nos livros de Philip Pullman, mas se depender do resultado artístico dessa primeira empreitada o futuro das adaptações está em risco.

O filme teve estréia mundial no dia natal, e ainda é cedo para saber se o filme será mesmo um fracasso retumbante. Se, por acaso, o público sedento por fantasia comparecer em peso nas salas de cinema, A Bússola de Ouro será um sucesso tão incompreensível quanto a bobagem Piratas do Caribe.

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