O melhor filme da diretora catalã Isabela Coitex, seguramente. Após os sensíveis Minha vida sem mim e A vida secreta das palavras, Fatal (Elgy), baseado no romance do norte-americano Philip Roth (Dying Animal) continua a falar daquilo que mais atrai a cineasta: Relacionamentos humanos.
David Kepesh (Ben Kingsley) é o renomado professor de literatura que vive os dilemas do envelhecimento. Aparentemente seguro de si, prefere distância a relacionamentos mais densos até se apaixonar pela jovem aluna Consuela (Penélope Cruz). Promessas de amor versus a inevitabilidade da passagem do tempo afligem esse homem que se achava tão maduro, mas que se descobre ainda um adolescente no desvendar de sua personalidade.
Isabela Coitex é uma artesã de sentimentos. Ela realiza com maestria aquilo que para Walter Benjamim deveria ser a tarefa do narrador, em seu ensaio de mesmo nome: “A antiga coordenação da alma, do olhar e da mão [...] é típica do artesão, e é ela que encontramos sempre, onde quer que a arte de narrar seja praticada. Podemos ir mais longe e perguntar se a relação entre o narrador e sua matéria – a vida humana – não seria ela própria uma relação artesanal. Não seria sua tarefa trabalhar a matéria-prima da experiência – a sua e a dos outros – transformando-a num produto sólido, útil e único?”.
Excelentes interpretações, com destaque para Ben Kingsley, colaboram para que o filme alcance tamanha coesão. Requintes de poesia no tratamento das imagens e a edição leve corroboram para certificar uma maturidade cinematográfica invejável. Vale a pena acompanhar com olhos atentos carreira que voa com nitidez.
David Kepesh (Ben Kingsley) é o renomado professor de literatura que vive os dilemas do envelhecimento. Aparentemente seguro de si, prefere distância a relacionamentos mais densos até se apaixonar pela jovem aluna Consuela (Penélope Cruz). Promessas de amor versus a inevitabilidade da passagem do tempo afligem esse homem que se achava tão maduro, mas que se descobre ainda um adolescente no desvendar de sua personalidade.
Isabela Coitex é uma artesã de sentimentos. Ela realiza com maestria aquilo que para Walter Benjamim deveria ser a tarefa do narrador, em seu ensaio de mesmo nome: “A antiga coordenação da alma, do olhar e da mão [...] é típica do artesão, e é ela que encontramos sempre, onde quer que a arte de narrar seja praticada. Podemos ir mais longe e perguntar se a relação entre o narrador e sua matéria – a vida humana – não seria ela própria uma relação artesanal. Não seria sua tarefa trabalhar a matéria-prima da experiência – a sua e a dos outros – transformando-a num produto sólido, útil e único?”.
Excelentes interpretações, com destaque para Ben Kingsley, colaboram para que o filme alcance tamanha coesão. Requintes de poesia no tratamento das imagens e a edição leve corroboram para certificar uma maturidade cinematográfica invejável. Vale a pena acompanhar com olhos atentos carreira que voa com nitidez.
3 comentários:
imagino que seja muito bonito, mas tenho medo de ver sem saber o final...se vc me contar o final e nao for super triste, eu prometo que vou assistir. me manda no ericachaves@yahoo.com.br
beijos saudosos!
vi o filme essa semana. muito bom mesmo!
brigada pela dica.
bjos com saudades
érica, querida.
bom q gostou do filme, uns amigos aqui também curtiram muito...
se cuida,
abraçaços transatlânticos...
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