
Gran Torino é um western disfarçado. O próprio Clint interpreta uma espécie de Dirty Harry aposentado que deve trazer ordem ao seu bairro contaminado de delinqüentes. Seu personagem, como acontecia na tradição do western clássico, deve se sacrificar em prol da comunidade. Banal, para dizer o mínimo.
Eastwood nunca foi um grande cineasta. Mesmo que alguns de seus filmes tenham alcançado uma rara sensibilidade no cinema americano, como no caso de Pontes de Madison e o mais recente Cartas de Iwo Jima. O alarido que há sobre sua figura e seus filmes só acontece em razão da força mítica que o velho Clint traz consigo. Ele é um mito vivo. Mas só. Seus filmes não se tornam mais relevantes por causa disso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário