Junto com Boa Noite Boa Sorte de George Clooney e Munique de Steven Spielberg, Capote de Bennet Miller foi pra mim um dos mais interessantes filmes norte-americanos do ano passado. Foi com ele que Philip Seymour Hoffman, interpretando o personagem título, faturou a estatueta da Academia de melhor ator em 2006. Confidencial (Infamous), que estreou na última sexta traz novamente a história do tortuoso processo de criação de “A Sangue Frio”, livro divisor de águas na história do jornalismo, dando início ao chamado “romance de não-ficção”.
Inevitável a comparação entre os dois filmes. Muito mais com a mínima distância de tempo entre as duas produções. Mas digo desde já que vale a pena não desprezar o filme de Douglas McGrath. Continua sendo muito estimulante acompanhar o relato de como o escritor Truman Capote obsessivamente lutou para alcançar o material necessário para a produção de sua obra-prima. Uma luta que ultrapassou limites éticos e causou feridas incuráveis no âmago do próprio Capote.
Confidencial trabalha muito com o recurso do falso-documentário, com personagens envolvidos na trama relatando para câmera os fatos ocorridos como se estivessem dando depoimento a um repórter ou documentarista. O recurso é excessivo no seu teor didático sobre o drama que envolve Capote, e compromete um pouco o potencial do filme.
Inevitável a comparação entre os dois filmes. Muito mais com a mínima distância de tempo entre as duas produções. Mas digo desde já que vale a pena não desprezar o filme de Douglas McGrath. Continua sendo muito estimulante acompanhar o relato de como o escritor Truman Capote obsessivamente lutou para alcançar o material necessário para a produção de sua obra-prima. Uma luta que ultrapassou limites éticos e causou feridas incuráveis no âmago do próprio Capote.
Confidencial trabalha muito com o recurso do falso-documentário, com personagens envolvidos na trama relatando para câmera os fatos ocorridos como se estivessem dando depoimento a um repórter ou documentarista. O recurso é excessivo no seu teor didático sobre o drama que envolve Capote, e compromete um pouco o potencial do filme.
Truman Capote (Toby Jones): Drama ético para criação de sua obra-prima.
No filme de Miller tudo era mais sugestivo, e talvez aí esteja a maior diferença entre os dois filmes. Desde a estrutura do filme até o teor das interpretações, o filme com Philip Hoffman me parece mais econômico nos diálogos e confiante em suas imagens, o que coopera para um filme mais rico e ambíguo do que a recente estréia.
Confidencial já estava em pós-produção quando do lançamento de Capote, o que levou a Warner a postergar o lançamento de seu filme. E se esse texto pautou-se na comparação entre as duas obras, deixo registrado que o Truman Capote de Toby Jones não fica muito atrás do de Philip Seymour Hoffman. Um Capote mais afetado, é verdade, mas ainda uma grande interpretação.
2 comentários:
Josa,
o almoço confidencial está confirmado, blz? Abço
Del Toro
Del toro,
Confirmadíssimo.
13.06.07 11:47h
Câmbio.
Postar um comentário