Ainda bem que há filmes como Não por acaso. Uma obra que vem nos refugiar de constrangimentos como Inesquecível, filme em que eu ria de tão ridículo que me pareciam aquelas cenas e diálogos. É reconfortante encarar um belo filme como o de Philippe Barcinski, que estreou no último feriado.
Já vi o filme duas vezes. Realmente me emociono vendo Não por acaso. Dois personagens assemelham-se por suas obsessivas buscas por controle e previsão em seus ofícios. Ênio (Leonardo Medeiros, brilhante) é o solitário controlador de tráfego capaz de cronometrar os segundos que demora um farol para abrir. Pedro (Rodrigo Santoro), um exímio jogador de sinuca que planeja suas jogadas até a perfeição.
Mas a vida, diferente do que gostaríamos, não é perfeita, é imprevisível. E um acidente de carro catalisará mudanças em suas visões de mundo e de ser. Os dois perdem pessoas que amam, e seguir com suas vidas poderia ser insuportável se também o acaso (sempre ele) não fornecesse auxílio a esses dois homens na figura de uma filha que Ênio desconhecia, e de um novo interesse amoroso para Pedro.
É o primeiro longa de Barcinski, e talvez por isso seja notável o frescor que o filme tem. Um filme bem pensado e original na sua abordagem e construção. Que venham outros "Não por acaso"...
4 comentários:
Fico,cada vez mais,feliz e maravilhado em perceber o seu domínio constante e preciso, pontual, enxuto, límpido e conciso desse notável e singular idioma falado,nessas bandas, por 190 milhões de pessoas!!Parabéns!!Quanto ao filme, irei aprecia-lo,pois confio na sua percepção e muito me agrada comprender e contemplar sobre a insignificância humanda em contraste com Deus Todo-Poderoso.
"oldneo"
Não podemos esquecer também de citar as ótimas atuações dos atores deste filme, até mesmo em cenas curtas com poucas falas nota-se grandes expressões. Me impressonaram as cenas finas, sem diálogos, porém todos os motivos e dos personagens são claramente revelados. Muito Bom!
Oi Josa.
Eu gostei demais do filme.
Que venham mais "Não por acaso".
Bjs.
Cleide
Ri,
Com certeza os atores merecem nota. Santoro é sempre bom, gosto dele desde "Hilda Furacão"...
Mas Leonardo Medeiros como aquele pai solitário me quebra o coração.
Gosto demais do primeiro encontro dele com sua filha. Aquele desconforto, o não-dito. Isso é Cinema!
abraços...
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