Intrigante a leitura de Fascinado pela Beleza – Alfred Hitchcock e suas Atrizes, editado pela Laurosse. A terceira biografia do crítico norte-americano Donald Spoto sobre o mestre do suspense. Nessa nova obra, verdadeiras hecatombes sobre a vida pessoal de Hitchcock são reveladas cruamente. Ao invés de um gordo simpático e bonachão, que era como Hitchcock gostava de se vender, conhece-se agora um homem sexualmente reprimido, sádico e imaturo. Obsessivo e infeliz.
Disse uma vez o cineasta ao autor: “Eu tenho todos os sentimentos de todas as pessoas presos em uma armadura de gordura”. Para Robert Boyle, constante diretor de Arte nos filmes do cineasta, Hitchcock achava que não era atraente fisicamente, mas ao mesmo tempo reconhecia que tinha os mesmo desejos que os outros sentiam e frustrava-se pelo que sentia ser uma dificuldade, se não uma impossibilidade, de experimentar o amor recíproco.
Dentre outras revelações até agora impensáveis da vida de Hitchcock estão o seu gosto por piadinhas de duplo sentido, truculência nos sets de filmagem e até casos de assédio sexual. O mais grave decorrente de sua relação quase doentia com ‘Tippi’ Hedren, sua musa em Os Pássaros e Marnie. O diretor chegou a ameaçar destruir a carreira de Hedren em Hollywood caso ela não se deitasse com ele. Barra pesada, Alfred...
Mas o mais relevante de todas essas novas informações de cunho mais privado é que agora podemos ver sua obra usando novas lentes. Dentro de uma nova perspectiva de análise e apreciação. A angústia daquele homem autoritário. Seu voyeurismo diante do mundo, suas paixões reprimidas. Tudo isso está expresso em seus filmes. Suas obras falam, mais que tudo, sobre o próprio Hitchcock. Sua dor era sua arte.
Depois da leitura do livro de Spoto, nossa compaixão por Scott (James Stuart em Vertigo), Normam Bates e Marnie devem aumentar consideravelmente. Todos eles eram facetas atormentadas do mesmo artista.
Disse uma vez o cineasta ao autor: “Eu tenho todos os sentimentos de todas as pessoas presos em uma armadura de gordura”. Para Robert Boyle, constante diretor de Arte nos filmes do cineasta, Hitchcock achava que não era atraente fisicamente, mas ao mesmo tempo reconhecia que tinha os mesmo desejos que os outros sentiam e frustrava-se pelo que sentia ser uma dificuldade, se não uma impossibilidade, de experimentar o amor recíproco.
Dentre outras revelações até agora impensáveis da vida de Hitchcock estão o seu gosto por piadinhas de duplo sentido, truculência nos sets de filmagem e até casos de assédio sexual. O mais grave decorrente de sua relação quase doentia com ‘Tippi’ Hedren, sua musa em Os Pássaros e Marnie. O diretor chegou a ameaçar destruir a carreira de Hedren em Hollywood caso ela não se deitasse com ele. Barra pesada, Alfred...
Mas o mais relevante de todas essas novas informações de cunho mais privado é que agora podemos ver sua obra usando novas lentes. Dentro de uma nova perspectiva de análise e apreciação. A angústia daquele homem autoritário. Seu voyeurismo diante do mundo, suas paixões reprimidas. Tudo isso está expresso em seus filmes. Suas obras falam, mais que tudo, sobre o próprio Hitchcock. Sua dor era sua arte.
Depois da leitura do livro de Spoto, nossa compaixão por Scott (James Stuart em Vertigo), Normam Bates e Marnie devem aumentar consideravelmente. Todos eles eram facetas atormentadas do mesmo artista.
3 comentários:
cacete! tu manja demais da arte de lidar com as leituras artisticas do cinema!
Vai firme irmão!
á como eu faço para seguir este blog pelo nosso grão do tempo?
Contemplando “por um espelho” o seu texto sobre
as revelações de Donald Spoto fico em parte surpreso!
Estas revelações me fizeram lembrar de certa afirmação
verdadeira e sagrada a saber: “No dia em que Deus, por
meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens, de
conformidade com o meu evangelho “- Romanos 2:16.
oldeo
dear,
ando fora do circuito cinematografico.
o trabalho assola e o curso está em fase final....
retomarei a setima arte a partir de junho.
kiss
saudades
marcia veloso
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