Eu e mais uma dupla de amigos formamos a panela tímida daqueles que não se apaixonaram incondicionalmente pelo último filme de Quentin Tarantino.
Tarantino filma bem à beça. Não dá para negar. O rigor dos enquadramentos, o ritmo interno das sequencias. O diretor de “Cães de Aluguel” é cineasta de personalidade, sem dúvida. Mas “Bastardos Inglórios” me parece ter os mesmos problemas que “Pulp Fiction”: Forma sem conteúdo, virtuosismo cinematográfico sem substância.
“Bastardos Inglórios” pode ter momentos engraçados. Mas o quê mais? Tarantino não alcança o potencial dramático que tinha “Kill Bill”. Este, também com seu bom humor e excesso de referências, consegue, à sua maneira, pensar sobre relacionamentos, maternidade, vingança. Muito mais filme, o melhor do diretor.
“Bastardos” está bem longe de ser “obra de gênio”. Além disso, banaliza a violência de maneira incômoda e preocupante, considerando a reação da platéia em muitos momentos.
3 comentários:
Bastardos representa a volta à velha e boa forma do Tarantino de Cães de Aluguel e Pulp Fiction, depois dos lamentáveis Kill Bill.
ora Fabrício, me diga pq?
abs
Não gostar de Bastardos como filme é até normal. Mas não entender que ele é - assim como Death Proof - um estudo "científico" do cinema americano é imperdoável para qualquer 'cinéfilo'.
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