analy

6 de mar. de 2008

Antes de Partir

Sou um amante do Cinema. Com uns nove anos, depois que vi O Garoto num especial da rede Globo, conheci a obra de arte de um humanista que se tornou, a partir dali, um dos meus diretores preferidos. Depois veio a admiração por cineatas como Bergman, Woody Allen e outros. Para mim, no universo da criação, o Cinema vem em primeiro lugar, logo seguido pelo teatro.

Gosto muito de acompanahar montagens dessa "arte do ator" . E pela possibilidade de ver ao vivo alguns atores fundamentais da nossa história, não perdi a oportunidade de ver no palco nomes como Paulo Autran, Othon Bastos, Glória Meneses e tantos mais. De maneira geral, porém, o talento desses gigantes dificilmente é acompanhado por uma dramaturgia do mesmo nível. Quando termina o espetáculo me acostumei a comentar algo como “o ator é fenomenal, mas o texto, a montagem...”.

Há duas semanas estreou Antes de Partir, filme de Rob Reiner com Jack Nicholson e Morgan Freeman. E como muitas das minhas experiências no teatro não espere uma grande obra, tenha somente certeza que acompanhará dois mestres na tela. Elogiar Nicholson é algo quase de praxe, mas sempre vi Freeman também como um dos excelentes intérpretes do Cinema contemporâneo. Acho que sua figura legitima e traz dignidade a muitos filmes às vezes nem tão bons como Robin Hood, Um sonho de liberdade ou Menina de Ouro (que eu acho um horror!).

Em Antes de Partir os dois veteranos são dois pacientes terminais que dividem o mesmo quarto de hospital. Após uma tomada de consciência quanto à finitude da vida, os dois cumprem uma lista daquilo que sonham fazer “antes de partir’...

Conhecendo Hollywood, não é necessário lembrar que os dois trocarão grandes lições de vida ao longo do filme. Ensinamentos da profundidade de um pires. Mas a previsibilidade não estraga alguns bons momentos entre os dois. Seja com o sarcasmo de Nicholson ou na nobreza de Freeman, Antes de Partir é uma “sessão da tarde” de (boa) qualidade.

3 comentários:

Anônimo disse...

Oi Josa, só estou registrando minha "visitinha" por aqui!
às vezes entro, dou uma lidinha mas nunca comento nada!rs
mas queria parabenizá-lo...como sempre...está muuuito bom!!
bjos!!

Josa disse...

Mary, mary...

Vc é mesmo dos Anjos...

abraços,

josa

Anônimo disse...

Joe,

Embora não tenha assistido o filme, acredito ser muito difícil para um ator, como Nicholson, admitir um personagem à beira da morte, sendo isso totalmente relacionado à sua vida. Filmes como "Minha Vida" com Kevin (não o Arnold..rs) são difíceis para quem assiste e para quem neles atua.

Sei que a lição de moral dos filmes é coerente com suas visões, mas difícil é saber que não há perspectiva futura - capiche?! -, taxada de utopia.

Feliz Páscoa!

2 dias em Paris