Há um fator novo e digno de nota no cinema de Woody Allen, especificamente em seu último filme, que é o uso de uma trilha sonora original. Quem acompanha os filmes do diretor sabe que o melhor do Jazz norte-americano acompanha os enredos de seus filmes como também a cidade de Nova Iorque se tornou uma de suas marcas registradas no Cinema. Temos então em O Sonho de Cassandra algo novo a ressaltar, um compositor especialmente convidado para compor a trilha do filme, no caso o músico norte-americano Philip Glass.
Pessoalmente não sou um grande entusiasta das partituras de Glass para o Cinema. Acho suas músicas repetitivas, plágio de si mesmas, por mais que reconheça sua eficácia em filmes como As Horas e no documentário Sob a Névoa da Guerra. Em O Sonho de Cassandra, creio que a trilha funciona muito bem. É econômica, senão precisa para acentuar os momentos de tensão e suspense na trama.
Quando ressalto (no texto abaixo) que vejo em O Sonho de Cassandra um filme de alguém que domina a linguagem do Cinema é também considerando o bom uso da trilha sonora pelo cineasta. Vejo um amadurecimento nesse quesito no Cinema do diretor desde Match Point (2005), no qual a música operística tinha um papel fundamental como pano de fundo da aristocracia inglesa. No filme, trechos de obras de Verdi e Bizet são usados com mestria pelo diretor.
Em Scoop – O grande furo (2006), seu filme seguinte, também se passando em Londres, temos a música clássica novamente muito presente, só que agora na busca de um tom mais cômico, com Grieg e Tchaikovsky. Gosto então de pensar que o “sucesso” do uso da trilha orquestral (original) em O Sonho de Cassandra não é por acaso, mas comprova uma genuína preocupação do cineasta em explorar novos territórios quando se trata de música para seus filmes.
Pessoalmente não sou um grande entusiasta das partituras de Glass para o Cinema. Acho suas músicas repetitivas, plágio de si mesmas, por mais que reconheça sua eficácia em filmes como As Horas e no documentário Sob a Névoa da Guerra. Em O Sonho de Cassandra, creio que a trilha funciona muito bem. É econômica, senão precisa para acentuar os momentos de tensão e suspense na trama.
Quando ressalto (no texto abaixo) que vejo em O Sonho de Cassandra um filme de alguém que domina a linguagem do Cinema é também considerando o bom uso da trilha sonora pelo cineasta. Vejo um amadurecimento nesse quesito no Cinema do diretor desde Match Point (2005), no qual a música operística tinha um papel fundamental como pano de fundo da aristocracia inglesa. No filme, trechos de obras de Verdi e Bizet são usados com mestria pelo diretor.
Em Scoop – O grande furo (2006), seu filme seguinte, também se passando em Londres, temos a música clássica novamente muito presente, só que agora na busca de um tom mais cômico, com Grieg e Tchaikovsky. Gosto então de pensar que o “sucesso” do uso da trilha orquestral (original) em O Sonho de Cassandra não é por acaso, mas comprova uma genuína preocupação do cineasta em explorar novos territórios quando se trata de música para seus filmes.
2 comentários:
querido critico,
andei fora do circuito da 7a arte,mas ca estou de volta.
vi o sonho de cassandra....gostei ..alias acho que o Woody deu um salto quando deixou nova york para trás e entrou no velho mundo.
aquele ritmo frenetico deu lugar aos grandes temas, aos profundos temas da humanidade, nossas escolhas, nossos lacos, nossa ética....
gosto desta fase intimista, mas achei que o filme deveria ter mais ritmo (eu e o ritmo!!!!).
de toda forma acho que ele (nao se repete) - mas amadurece em sonho o que havia iniciado em match point.
mas Woody será sempre grande apesar de.
bjs quentes
saudades
sua
tuta veloso
Ol� Tuta,
Concordo plenamente com vc sobre qu�o bom foi a munda�a de ares para o Cinema de Woody Allen. Mesmo sendo temas j� abordados por ele em outros filmes. Seu coment�rio disse muito bem, "escolhas �ticas" s�o preocupa�es muito presentes em seus filmes.
"Macth Point" � um filma�o, mas acho que "O Sonho de Cassandra" me pega mais pelo tom de trag�dia e a crise em fam�lia.
grande abs!
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