Dava para ser uma ótima comédia. Mas Polanski não encontrou o tom nesse seu último filme. Seguindo um pouco o que os irmãos Coen tem feito ultimamente, o diretor polonês fez uma comédia que brinca com os clichês do gênero do thriller político.
A escolha do elenco funciona. Polanski recrutou o último James Bond Pierce Brosnan para interpretar o último primeiro ministro inglês que é acusado de crimes de guerra. Brosnan usa e abusa da auto paródia. Dá para se divertir com ele. Assim como com Ewan Mcgregor. Ironizando sua costumeira performance de o sonso da história. (vide "star wars", "o sonho de cassandra" e "O golpista do ano").
Polanski fez o seu "tudo pode dar certo": "Galera. É isso mesmo. Estamos no beco sem saída. Só nos resta rir da nossa miséria".
Acho que essa onda de "o festival de cannes está pensando sobre o "terrorismo de estado"" é o maior papo furado! Museu de grandes novidades. Papinnho de imprensa.
ps. veja o pôster acima. a cara desses canastrões. (faltou polanski na imagem - famigerado sapeca e fanfarrão).
pps. é hora de rever Budapeste de Walter Carvalho. E Chico.
5 comentários:
Sou obrigado a discordar radicalmente, Josafá!
dá uma luz aí então. si vu plê.
sei que o filme não é comédia. mas há algo errado.
O que tem de errado é a sinopse da Folha falar mais da prisão do polanski que do filme-em-si, é o que eu acho.
Olha, não sei. Pra mim, foi bacana, no sentido bem clássico-e-puxa,ah,-a-história. E é o filme gêmeo do Ilha do Medo, mas...melhor...só que, ok, "menos ousado", mais perú, talvez.
O que tem de errado talvez seja justamente ser tão encaixadinho.
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