analy

22 de jul. de 2007

Paris, Te Amo

Paris, Te amo é um caso curioso. 21 diretores consagrados realizam 18 diferentes curtas sobre a capital francesa, cada um se passando em um bairro diferente.

De Casablanca a Antes do Pôr do Sol. A cidade luz é sempre inevitavelmente associada ao amor, ou a possibilidade dele. “Sempre teremos Paris”, diz Humprey Bogart a Ingrid Bergman no final do filme de Michael Curtiz, de 1942.

A diversidade de abordagens é um dos triunfos do filme. E mesmo que nenhuma pauta específica tenha sido dada aos diretores, o tema do amor permeia quase a totalidade deles. Seja o amor entre mãe e filho, entre homem e mulher, ou sobre uma solitária apaixonada pela própria Paris.

O resultado é muito mais regular do que se poderia esperar de um projeto como esse. Alguns curtas são realmente decepcionantes, mas a qualidade da maioria faz do filme uma experiência agradável, senão encantadora.

Aos mais céticos ou frustrados com o universo amoroso: Paris, Te amo pode nos fazer voltar a crer na imprevisibilidade do romance, na paixão inusitada e, principalmente, no Amor, que não é imortal, posto que é chama, mas que é infinito enquanto dura...

4 comentários:

Filippo disse...

Olá ilustre cinematógrafo!

O filme é realmente muito bom. O único problema é que no final você fica morrendo de vontade de saber que fez cada seqüência (a não ser que se tenha leitura dinâmica em francês...). Seria um truque de marketing pra obrigar os espectadores que gostaram a ver de novo em DVD?

Parabéns pelo blog!

Amplexos!

Josa disse...

Caro Filippo!

Sim, só pode ser uma medida de Marketing...

Também senti muita falta da assinatura nos filmes.

Tive que fazer uma pesquisa na internet pra saber quem tinha filmado os epsódios que eu mais gostei...

valeu pela visita,

abraços...

Unknown disse...

Oi Josa,

Achei o filme realmente digno de comentários, pois foge dos padrões melosos de filmes de amor. Não existe um ator principal e sim um tema, Paris. Não se sabe o que irá acontecer na próxima cena. E o mais interessante é que a maioria dos curtas deixa algo no ar que permite a imaginação ir além daqueles cinco minutos. De fato alguns curtas são decepcionantes, como aquele do vampiro, na minha opinião, mas a grande maioria permite refletir sobre o amor e outras coisas mais.

Bjo

Josa disse...

Oi Dé!

O cinema predominante confia cada vez menos na capacidade imagética do espectador...Tudo é cada vez mais mastigado, previsível...


É mesmo muito bom termos "espaço" pra construirmos um pouco do filme por conta própria...

ps; Não deixe de ver "Não por Acaso", que ainda está em cartaz...

abraços,