Guy Ritchie volta ao submundo inglês de seus primeiros filmes. Retorna ao universo de traições e mal-entendidos que fez a fama do cineasta no final dos anos 90. Em Rocknrolla, assim como em Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch, Ritchie constroe uma brilhante teia de interesses e desinformações. Quase uma comédia de erros movida pela ganância de variados grupos étnicos e criminosos. De narrativa ágil e inventiva, o novo filme do cineasta dá um passo além em qualidade na obra do diretor, e consegue ser mais denso que seus filmes anteriores.
Nas entrelinhas do enredo bem articulado de Rocknrolla há um fascinante distanciamento em relação a esse universo de Sexo, Drogas e Rock & Roll. Um dos trunfos do filme é esteticamente(posição da câmera, luz, trilha..) alcançar uma relação crítica com o que é mostrado na tela. Seja na tortura de um chefão do crime, ou na desmistificação de um usuário de crack fumando sua pedra.
Para quem tiver sensibilidade para notar, verá que todo o filme é amarrado em função de uma obra de arte, um quadro que nunca é mostrado de frente ao espectador. Uma pintura com suas implicações não só práticas para o roteiro, mas filosóficas, é o que move a narrativa e o que dá margem para justificar uma atenção apurada a este filme.
Sementes muito interessantes foram lançadas neste Rocknrolla. Grãos que devem frutificar com mais clareza ao longo da trilogia que esse filme dá início. Um projeto já em elaboração por Ritchie. Mesmo que, talvez, menos cativante e engraçado que seus filmes anteriores, Rocknrolla merece atenção redobrada daqueles que erroneamente convencionaram desprezar o “cinema de Hollywood”.
Nas entrelinhas do enredo bem articulado de Rocknrolla há um fascinante distanciamento em relação a esse universo de Sexo, Drogas e Rock & Roll. Um dos trunfos do filme é esteticamente(posição da câmera, luz, trilha..) alcançar uma relação crítica com o que é mostrado na tela. Seja na tortura de um chefão do crime, ou na desmistificação de um usuário de crack fumando sua pedra.
Para quem tiver sensibilidade para notar, verá que todo o filme é amarrado em função de uma obra de arte, um quadro que nunca é mostrado de frente ao espectador. Uma pintura com suas implicações não só práticas para o roteiro, mas filosóficas, é o que move a narrativa e o que dá margem para justificar uma atenção apurada a este filme.
Sementes muito interessantes foram lançadas neste Rocknrolla. Grãos que devem frutificar com mais clareza ao longo da trilogia que esse filme dá início. Um projeto já em elaboração por Ritchie. Mesmo que, talvez, menos cativante e engraçado que seus filmes anteriores, Rocknrolla merece atenção redobrada daqueles que erroneamente convencionaram desprezar o “cinema de Hollywood”.
3 comentários:
Não seria maldade dizer que esse filme só foi possível depois do divórcio dele com a Madonna.
hahahahha
Falando sério, eu adorei o filme.
Só espero que o conceito do "real rocknrolla" fique claro até o final da trilogia, porque, pelo menos por enquanto, ele não fez muita diferença.
\o/
É o que eu penso, dani!
Até o final de sua trilogia, Ritchie vai conceituar melhor e com destreza o que ele só pincelou nesse "Rocknrolla"...que eu gostei demais também...
abração!
josa
legal josinhaaa
vamos marcar de assistir os próximos, então ^^
beijo grande
Postar um comentário