Junto com seu irmão, John Kennedy, e com Martin Luther King, Robert Kennedy (Bobby) representou nos anos sessenta uma fagulha de esperança para os norte-americanos. O ator-diretor Emílio Estevez quer que seu filme nos faça recordar desse momento, em que o sonho de um Estados Unidos mais humano e tolerante parecia próximo da realidade.
Bobby passa-se inteiramente dentro do hotel Ambassador, acompanhando diversos personagens que presenciaram a morte do senador democrata, em junho de 1968.
O resultado da boa-intenção é irregular. Falta maturidade na direção de Estevez. Uma dramaturgia mais sólida e segura levaria seu filme e seus (bons) atores a um resultado mais consistente.
O filme também não encontra o tom certo entre a sobriedade e a romantização da figura de Bobby. É sempre delicado e traiçoeiro prender-se ao “e se tudo tivesse acontecido de maneira diferente...”.
Bobby passa-se inteiramente dentro do hotel Ambassador, acompanhando diversos personagens que presenciaram a morte do senador democrata, em junho de 1968.
O resultado da boa-intenção é irregular. Falta maturidade na direção de Estevez. Uma dramaturgia mais sólida e segura levaria seu filme e seus (bons) atores a um resultado mais consistente.
O filme também não encontra o tom certo entre a sobriedade e a romantização da figura de Bobby. É sempre delicado e traiçoeiro prender-se ao “e se tudo tivesse acontecido de maneira diferente...”.
Temos um filme-coral, como em Nashville e Magnólia. A influência do cinema de Robert Altman e P.T Anderson no filme é latente. Pena que Estevez não possua o mesmo talento, ou o domínio da linguagem cinematográfica que tem esses dois diretores.
Mas o filme possui pelo menos uma bela cena! Enquanto Bobby discursa, já no final do filme, o som é cortado para ouvirmos somente The Sound of Silence, canção de Simon & Garfunkel. Os olhos esperançosos da platéia do hotel que ouve as palavras do senador emocionam o espectador. A platéia do meu lado ficou toda lacrimosa, e eu também...
Mas o filme possui pelo menos uma bela cena! Enquanto Bobby discursa, já no final do filme, o som é cortado para ouvirmos somente The Sound of Silence, canção de Simon & Garfunkel. Os olhos esperançosos da platéia do hotel que ouve as palavras do senador emocionam o espectador. A platéia do meu lado ficou toda lacrimosa, e eu também...
3 comentários:
Josa, meu comentário não tem relação com esse filme, mas queria saber sua opinião sobre o cinema argentino. Eu gosto bastante, principalmente porque eu acho que alguns diretores dão muita importância às relaçoes humanas.
Caso tenha assistido algum filme argentino relevante, indica no blog!
Beijos,
Dpebora
Fa,
tive essa mesma percepção do filme, mas jamais conseguiria escrever tão bem sobre ...
a cena final do "the sound" é magistral, também ocorreram-me pequenas gotas de esperanças travestidas em lágrimas.
esse blog para mim é a confirmação e a constatação do seu domínio não só das palavras, mas também do sentido e dos sentimentos que elas nos transmitem.
kiss
tuta v
ps. orgulho-me de ti!
Oh, tuta...
Obrigado pelas palavras. Vejamos se combinamos algo em breve...Bater um papo, passear..
E débora, escreverei um textinho sobre o cine argentino, que eu também gosto e admiro tanto...
abraços a todos,
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