analy

1 de ago. de 2007

Ingmar Bergman (1918 -2007)

Morreu nessa última segunda-feira um dos maiores mestres da sétima arte. Junto com Chaplin, Woody Allen e Hitchcock, Ingmar Bergman é um dos diretores mais marcantes e importantes em minha vida de cinéfilo. Me emocionei quando soube de sua partida.

Muitas das imagens de seus filmes foram de tal maneira calcificadas na minha memória, que acho que as levarei por toda vida: O jogo de xadrez com a Morte em O sétimo selo, o professor Isak Borg rememorando sua namorada em Morangos Silvestres, os gritos de dor e angústia da irmã enferma em Gritos e Sussurros. Tantas obras – primas...

Impossível ficar indiferente a Bergman. Ele toca em assuntos pertinentes a todo homem, desde sempre. A dificuldade de relacionamentos, a inevitabilidade da morte, o sentido da existência.


Inevitável. No jogo de xadrez com a Morte ela sempre há de ganhar...

Diferente do que já li e ouvi, nunca vi o cinema de Bergman como pessimista. Há sempre em seus filmes algum alento, um fugaz momento de luz que nos faz lembrar que a vida vale a pena ser vivida. Mesmo sendo quase sempre tão dolorosa.

Para os que já o conhecem bem, ou para os que querem se iniciar a obra do mestre. Segue os que são, para mim, seus filmes mais belos, que de alguma forma muito me emocionam a cada revisão.
Todos disponíveis em DVD:

O Sétimo Selo (1956)

Morangos Silvestres (1957)

Gritos e Sussurros (1972)

Sonata de Outono (1978)

Saraband (2003)

5 comentários:

Brincando de Chef disse...

Josa,
Você aprendeu a usar o RSS!
Agora fica bem mais fácil acompanhar seu blog.
Beijos,
Débora

Anônimo disse...

Fá,
Esperava sua fala sobre este grande homem.
Impossível não ficar triste com mais esta perda.
Seus filmes nos faz refletir sobre nossa pequeneza e como podemos repensar nosso próprio destino.
Vale mesmo conferir suas obras primas.
ps. O HSBC está exibindo o Sétimo Selo- na sessão das 19.10hs.
bjs quentes,
saudades
tuta veloso
ps."toda saudade é uma espécie de velhice" (G.Rosa)

Anônimo disse...

Fá,
vi o Bobby- espero sua crítica.
eu gostei, apesar de.
kiss
tuta v

Josa disse...

Pois é, tuta.

Foi-se mesmo um grande artista...

Nos próximos dias espero rever seus filmes, que tenho em Dvd.

Vi "Bobby" há alguns dias... Irei escrever sobre ele, mas acho que vc gostou bem mais do que eu.

A proposta do filme é clara, muito mais em tempos de Era Bush, mas achei que falta consistência às muitas histórias e personagens que "Bobby" apresenta...Mas escreverei com calma no início da semana...

Vc, Tuta, que tem um gosto refinando, não deixe de ver "Medos privados em Lugares públicos". É excelente!

grande abraço!

Anônimo disse...

dear,
não tenha tanta certeza sobre eu ter gostado do Bobby - me pareceu "frágil" em alguns bons momentos.
algumas coisas me deixaram triste pois sinto que de lá para cá´o mundo continua tão violento quanto antes, e realmente o mundo poderia estar melhor, mas apesar é sempre bom ser otimista em tempos sombrios com nossos pequenos atos de coragem de não se misturar com tantos desencontros que está por aí -quem sabe faremos outra História?
é preciso acima de tudo celebrar a vida, apesar de tantas impossibilidades que a vida moderna nos impõe.
fica sempre a possibilidade de sermos um "outro" melhor.
vou conferir os "lugares privados", ouvi o Merten falar super bem tb.
depois destes dois críticos lá vou eu, pobre mortal.
kiss
sua
tuta v
ps. quase não reconheci a Helen Hunt no filme - o tempo voa........