analy

4 de ago. de 2009

Moscou

Eduardo Coutinho é o mais importante cineasta brasileiro em atividade. A cada novo documentário busca reinventar seus filmes anteriores, ir mais longe em suas investigações quanto às fronteiras do cinema de não ficção. “Moscou”, que estréia nesta sexta, não é diferente. Talvez o filme mais experimental de toda a carreira do cineasta.

Para seu novo filme, Coutinho pediu ao grupo de teatro mineiro Galpão que sugerisse um diretor teatral para guiar a montagem de fragmentos da peça “As três irmãs”, do dramaturgo russo Anton Tchekhov. Enrique Dias, da Cia dos Atores do Rio de Janeiro foi o escolhido. A partir desse encontro, tanto Dias quanto Coutinho propõem ao atores jogos teatrais dos mais variados. Um complexo jogo de cena que mistura ficção e realidade, verdade e imaginação.

“Moscou” não tenta contar uma história linear com começo, meio e fim. Não se propõe ser um registro da montagem de “As três irmãs”, tampouco dos bastidores da encenação como faria um tradicional “making of”. A proposta é mais radical. “Moscou” assume o fragmento, o lacunar. Cada sequência possui em si o seu significado e a sua força. Cabe ao espectador se deixar levar por essa experiência cinematográfica. O que não é sempre fácil.

Trata-se de um filme exigente, que levanta temas que percorrem toda a obra de Coutinho: A família, a dor da perda, a fugacidade do tempo e, principalmente, a morte. Por este último, o diretor admite ter uma verdadeira obsessão.

http://pipocamoderna.virgula.uol.com.br/


2 comentários:

Anônimo disse...

Fa,
Moscou é isso mesmo....quem quiser saborear um "tempo perdido" do teatro, mas na tela, confira!
saudades
marcia tuta

Anônimo disse...

Fa,
Moscou é isso mesmo....quem quiser saborear um "tempo perdido" do teatro, mas na tela, confira!
saudades
marcia tuta