analy

9 de abr. de 2007

300

Frases de efeito, sangue jorrando e muita testosterona

Falar mal é até mais fácil, mas talvez não enriqueça muito este espaço. Então serei breve. Não gostei quase de nada de 300! “Filmeco”, como diria meu pai.

É realmente uma façanha estética digna de nota, mas totalmente vazia de significado. E não é nenhum tipo de preconceito com o cinema-pipoca. Este blog não é só para filmes cults. Mas acho que diversão desprovida de massa cinzenta pode realmente emburrecer e nos alienar.

Visando me “preparar” para a estréia do filme, peguei até emprestado de um amigo o grafic novel original do Frank Miller. Mas o filme é tão ruim quanto a revista. Os espartanos são transformados em uma “gang” militar e os persas são a quadrilha rival que quer tomar um pedaço da “boca”.

Frases de efeito, sangue jorrando na tela e muita, mas muita testosterona. A platéia claro que adora, mas juro que em algumas partes do filme vi pessoas do público rindo de tão ridículo que a cena era, ou de tão patético que era um discurso de Leônidas aos seus 300.

Ah, e Rodrigo Santoro se vira muito bem como rei Xerxes. Verdade. Creio que precisa de muito talento para fazer um filme todo sobre um fundo azul, e ainda assim conseguir tirar uma boa interpretação. O filme está indo tão bem que os magnatas-executivos já estão pensando em uma continuação para o filme...

Socorro!

8 comentários:

Josa disse...

Grande pucca!

Quanto tempo, hein? Anos....

300 conseguiu arrecadar 70 milhões de dólares em apenas 1 fim de semana! Não é pouco...

E olha que o filme têm indicação para maiores de 16 anos, o que costuma ser um dificultante para recordes de capital.

Mas não deixe ver. E escreva depois o que achou! Fazer crítica é refazer um filme em nossas mentes, e cada um monta o seu. Não há certo ou errado...

grande abraço!

Anônimo disse...

JOSA!!
Você é um ótimo crítico de cinema.
Mas essa daqui está revoltante! hahahahaha

300 é uma pérola cinematográfica, inovador e rebelde como Sin City ( q vc tb naum deve ter gostado)

É claro que é um discurso previsível, e a violência as vezes é demais... mas faz perfeito sentido dentro de um filme que não foi criado para ser um relato histórico, mas sim um romance de uma grande guerra narrada pelos próprios espartanos.

A ideia era pegar aquela parcialidade de Heródoto e transformar em algo digno de ser lembrado para sempre. Afinal, se o filme fosse feito do ponto de vista histórico, ele seria um documentário e não esse arrasa quarteirão glorioso :)

Não poderia deixar o 300 sem defesa por aqui. hahaha

beijão! O blog tá bem legal!

Fabio disse...

haha ae josa!!
num acredito q vc falou isso do filme!!
THIS IS NOT ESPAARRRTAAAA!!!

Fabio disse...

o droga, fui dar enter pra pular de linha e ele postou ¬¬
então continuando, também achei que cada fala é un discurso, eles poderiam maneirar um pouco nisso.
Dani, apesar de ser um filme para lembrar a historia de esparta e talz, eles nao precisam fazer algo tao vazio e com um discurso a cada fala.
mas apesar de tudo eu gostei de ter assistido o filme, me diverti no cinema haha.
Ah e não achei inovador não. Se o frank miller nao tomar cuidado ele vai fazer com que os filmes baseados em suas hisotrias se tornem um cliche de si mesmo.
sin city ja filmou nesse formato, kill bill tb ja trabalhou com isso e alguns outros filmes tb. Não é algo tao inovador assim nao.

Josa disse...

Colegas!

Seus pontos de vista foram considerados, mas não quer dizer que concordo com eles...hehe.

Daniela, eu até que gosto de Sin City!Aquele ambiente de cinema noir, as narrações em off. Vi várias vezes no cinema. O episódio do Bruce Willis até me emociona...

E fábio, você não quis dizer que o Kill Bill é baseado em alguma história de Frank Miller, não é?

Tanto o Vol.1 quanto o Vol.2 são textos originais do Tarantino...

grande abraço a todos!

Fabio disse...

Não, eu usei kill bill como referencia a esse tipo inovador de filmagem

Anônimo disse...

Assim como Hulk, Homem Aranha, Sin City e outros recentes blockbusters baseados em quadrinhos, fica a critério do diretor tornar a história mais palatável (como se fez em X-men) ou mais fiel ao mundo dos quadrinhos (como Sin City).

Na minha opinião, Zack Snyder tentou seguir a segunda linha, tanto q todo o background exceto uma unica cena foi gerado em computador.

Acho q os fãs de quadrinhos apreciarão melhor essa obra.

... e também os homossexuais. :D

Anônimo disse...

Caro amigo, primeiramente quero te dar os parabens pelo trabalho que tem apresentado nesse blog, acredito que será de grande utilidade, tanto para o público quanto para vc, que creio crescer muito com este exercício. Quanto ao comentário sobre 300... como eu esperava vc detestou o filme e, como vc devia esperar, eu gostei muito. Como vc contaria essa história se fosse um soldado casca grossa, falando de uma guerra que vc participou ao lado de um cara que vc considera um herói, para um monte de soldados? Seria menos sangrento ou menos entusiasmado? Isso sem contar que Frank Miller e Lybb Varley, na produção dos quadrinhos, abusaram das poses, expressões faciais fortes e frases de efeito para aumentar a dramaticidade (coisa feita em outras grandes obras de quadrinhos como Tormento) gerando uma obra plasticamente muito bonita e bastante interessante. A versão para a telona tentou carregar isso e eu, pessoalmente gostei, embora concorde que para o cinema as frases de efeito usadas a todo o momento podem depreciar um pouco a obra.
Grande abraço Josa

Márcio